sábado, 13 de junho de 2020

Educação, aprendizagem mista e saúde mental.



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Um momento de pandemia mundial, no qual a linguagem é diferente, estamos diferentes, pois temos que nos reinventar em meio ao caos emocional. Diante de um cenário, no qual todos nós fomos inseridos, podemos destacar a área educacional que em todos os seus setores tiveram que se reformular em muito pouco tempo e contando com docentes sem a capacitação necessária para essa intermediação nos ambientes virtuais. 

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Esse processo tem gerado angustias, inseguranças, pois é notório que a imersão na modalidade a distância requer preparo, tempo, formação para que essa engrenagem flua nas lentes pedagógicas eficazmente, pois não podemos esquecer que os estudantes estarão na outra ponta para receber esse conhecimento. Essa pandemia mundial é um momento impar, pois poderá ser uma grande oportunidade para os educadores repensarem suas próprias práticas de ensino-aprendizagem. Reavaliar o tempo em que o estudante permanece em sala de aula as atividades, o foco será o quanto se aprende. Tempo de descortinar uma realidade existente das desigualdades sociais, mudanças nas políticas públicas, pois deverão mudar o olhar para o novo momento pós pandemia.

Nas últimas décadas a sociedade sofreu mudanças significativas em suas concepções, tanto referente a tecnologia quanto ao comportamentalismo. Porém, na educação a distância a sua essência não havia sofrido tais mudanças, até recentemente, pois a metodologia tradicional no ensino presencial, onde docentes eram transmissores e alunos receptores ainda perpassava por diversas instâncias. Porém, atualmente o avanço que vem ocorrendo no campo educativo acaba por influenciar de maneira direta todas as modalidades educacionais em nosso País e no Mundo. Isso ocorre porque existe uma sociedade que é formada por alunos que buscam acesso rápido as informações e ao conhecimento, de forma que eles possam obter significados para aqueles que o buscam. 

E quais são os desafios da aprendizagem online?
Temos hoje em nossa sociedade um grande avanço no desenvolvimento das tecnologias, que de forma implícita ou explicita influencia todas as outras instâncias da sociedade, e não diferente disso, um dos meios que se pode dizer que é o mais influenciado, é a educação. Os profissionais que nela atuam necessitam estar bem preparados para que consigam lidar com esse avanço tecnológico e precisam também estar abertos a esses novos meios de trabalho, pois, a educação não pode apenas estar mais enraizada no processo tradicional de aprendizagem, pois os alunos não são tabulas rasas e possuem diferentes modos de aprendizagem e em sua maioria possuem acesso à esses meios de informação tecnológica. E para que os professores consigam atingir os seus alunos nessas diferentes formas de aprendizagem, eles próprios precisam estar abertos as novas metodologias de ensino.

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A facilidade das crianças e jovens na interação tecnológica é de conhecimento do corpo docente. O fato dos estudantes serem nativos digitais propicia uma agilidade nas ferramentas que são utilizadas em sala de aula, cabe ao professor direciona-los a esta busca do conhecimento e não apenas de informação.
É difícil romper paradigmas e avançar rumo às novas tendências apresentadas pelas facilidades tecnológicas que nos confrontam a, desenvolver novos métodos, assim como, permanecer estáticos nas formas convencionais que nos dão a segurança e a autonomia da situação.

Sabendo que a tecnologia está presente no cotidiano de todos e não somente no meio escolar como no uso da TV, vídeo, DVD, rádio, celulares, computadores, tablets e a internet, é preciso reconhecê-las como ferramentas a serem exploradas na prática pedagógica, cujas mídias têm grande poder pedagógico uma vez que se utilizam da imagem. Assim, é preciso que a escola se aproprie desses recursos tecnológicos e com isso possa dinamizar o processo de aprendizagem.

Essa incorporação das tecnologias na escola não se trata apenas de uma ação técnica, mas sua inclusão deve convergir para as particularidades de cada escola de modo que beneficie a comunidade escolar sem acentuar as diferenças socioeconômicas existentes entre as escolas públicas e privadas (Rosa; Cecílio, 2011). 

Você já ouviu falar em Blended Learning?

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Ao abordarmos o conceito de Blended Learning, é conveniente determinar quais são os atributos definidores e característicos de uma Aprendizagem Mista. Pois se há uma mistura (Blend), supõe-se que exista uma diferença substancial nos elementos que serão misturados, além disso, muitas vezes, a mistura se restringe à ideia de dicotomia.         
Embora essa seja uma conceituação mais geral, possui algumas implicações na prática. Frequentemente o termo Blended Learning é confundido com a modalidade semipresencial, dessa maneira, misturas padronizadas ou bem definidas são enquadrados na categoria de Blended Learning. Por exemplo, quando um curso ou disciplina é organizado 40 por cento online e 60 por cento em sala de aula; ou ainda 80 por cento workshop e 20 por cento para reforço online, essas organizações são muitas vezes denominadas de Blended Learning, contudo, trata-se de uma designação reducionista para um conceito muito mais sofisticado.

Driscoll (2002, p. 1) argumenta que a modalidade Blended Learning é frequentemente empregada para definir misturas realizadas em quatro diferentes situações:

1.   Combinar ou misturar tecnologias baseadas na web para concluir um objetivo educacional (por exemplo, sala de aula virtual ao vivo, aprendizagem colaborativa, streaming de vídeo, áudio e texto).

2.   Combinar várias abordagens pedagógicas (por exemplo, o construtivismo, o behaviorismo, o cognitivismo) para produzir um resultado de aprendizagem ideal com ou sem tecnologia.
3.   Combinar qualquer forma de tecnologia educacional (por exemplo, aprendizagem baseada na web, vídeos, filmes) com atividades face a face ministradas por um professor.
4.   Combinar instrução por meio da tecnologia com as tarefas de trabalho em um ambiente real, a fim de criar um efeito harmonioso entre aprender e trabalhar. Podemos observar que, exceto pela quarta definição, que se refere essencialmente ao ambiente corporativo, as outras são adequadas ao contexto educacional.
 O uso da tecnologia da informação e comunicação na educação traz como ponto positivo a qualidade na educação que é aprimorada através das ferramentas inovadoras utilizadas para transmissão do ensino, levando ao aperfeiçoamento da metodologia de ensino tornando as aulas mais atraentes e motivadoras.

Referência Bibliograficas


Driscoll, M. (2002). Blended Learning: Let's Get Beyond the Hype. E-Learning, 3(3), 54. Disponível em: http://www-07.ibm.com/services/pdf/ blended_learning.pdf. Acesso em: 8 de junho de 2020,

Rosa.; Cecílio, Educação e o uso pedagógico das tecnologias da informação e comunicação: a produção do conhecimento em análise.  Universidade de Uberaba- UNIUBE, 2011. Disponível em < http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2011/05/Artigo-0x-15.1-Rosemar.pdf> Acesso em10 de junho de 2020